Palavra em inglês que remete à obrigação da prestação de contas das autoridades públicas para a população. Na comunicação pública, busca atender à necessidade coletiva por transparência de informações e controle social dos recursos públicos.
Atividades desenvolvidas para alcançar objetivos de comunicação específicos. Podem fazer parte de projetos e programas.
A noção de acesso está ligada à comunicação como um direito de todos e como um direito que dá acesso a outros direitos. Os cidadãos devem ter acesso às informações necessárias para exercer seus direitos e também às condições políticas, econômicas, sociais e culturais para construir seus próprios conhecimentos e compartilhá-los.
Identificação de problemas públicos prioritários, observação de suas causas e elaboração de soluções.
Canais de comunicação que são oferecidos, mantidos e gerenciados pelo órgão público. No caso da Câmara dos Deputados, são o Portal na internet, o Disque-Câmara e os veículos próprios de mídia (TV, Rádio e Agência Câmara). Os canais não nativos estão hospedados em plataformas privadas, a exemplo das contas oficiais nas redes sociais.
Conjunto de direitos e deveres que dá à pessoa a possibilidade de pertencer a uma comunidade em determinado território (cidade, país, etc) e participar ativamente da vida e do governo dessa comunidade.
Comunicação desenvolvida por agentes e órgãos do setor público para: atender ao direito do cidadão à informação e à expressão; cumprir o dever de transparência do Estado; incentivar o diálogo e a participação no debate sobre políticas públicas; conhecer as demandas sociais; e ampliar o acesso aos serviços públicos. A comunicação pública zela pelos princípios constitucionais e democráticos e deve fundamentar-se em estratégia, planejamento, organização e controle.
Divulgação de valores, objetivos, missão e ações desenvolvidas pela instituição, com o objetivo de construir sua identidade junto aos públicos com os quais se relaciona.
Informações produzidas e difundidas em formatos variados, como texto, imagem, áudio e vídeo, com características jornalísticas, publicitárias ou de outras linguagens.
Momento de ruptura no funcionamento de um sistema, de forma imprevista e com duração limitada. A crise pode se relacionar a aspectos econômicos, financeiros, políticos, institucionais, sanitários, humanitários, morais, climáticos, comunicacionais, entre outros. As crises de imagem ameaçam a credibilidade, a legitimidade, a confiabilidade e a reputação da instituição. A capacidade de gerir crises é função indispensável no setor público, devendo incluir a gestão de riscos e a atuação coordenada das áreas técnica, jurídica, de comunicação e da alta direção.
Personalidade da organização, formada por um processo de aprendizado acumulado, que abrange elementos comportamentais, emocionais e cognitivos (crenças, valores, hábitos, tradições, relacionamentos sociais típicos, etc). Esses elementos criam senso de identidade e pertencimento, ao construir, modelar, incentivar e sustentar a maneira de pensar e o comportamento dos membros da organização. A comunicação é um meio de transmissão e instrumento de construção da cultura, ao mesmo tempo em que é orientada por ela, no modo de relacionar-se com seus públicos.
Regime político em que a soberania vem do povo. Todos os cidadãos que cumprirem os requisitos da lei poderão ocupar cargos políticos por meio de eleição popular. O povo se identifica com as regras e tem expectativas de que os governantes escolhidos exerçam o poder cumprindo essas regras. Na democracia, há separação de poderes e controle social. A comunicação pública, ao garantir o fluxo de informações entre cidadãos e representantes, é um dos requisitos para o bom funcionamento da democracia.
Utilização das técnicas de comunicação para confundir ou manipular pessoas, por meio de informações falsas, distorcidas, incompletas ou em contextos errados, com propósitos inescrupulosos, causando no público a diminuição da capacidade de diferenciar o que é fato e o que não é. Por causa da linguagem apelativa, da abordagem e do senso falso de urgência, a desinformação tem chances muito maiores de ser compartilhada do que conteúdos verdadeiros, com grande potencial de danos. As fake news são um exemplo de desinformação.
Conjunto de aspectos que caracterizam as pessoas: biológicos (físicos, mentais), sociais (familiares, educacionais, profissionais, comunitários), demográficos (região geográfica, faixa etária, sexo, cor da pele, renda), incluindo diferenças e similaridades entre elas. Atender à diversidade é um dos objetivos da comunicação pública.
Promoção de conhecimento sobre instituições e leis e da formação de valores e habilidades para participar conscientemente da vida política. O conceito se associa ao de letramento político.
Metodologia pedagógica que envolve o uso e a produção de conteúdos apoiada em diversas tecnologias, mídias, linguagens e instrumentos de comunicação.
Termo de origem inglesa que significa notícias falsas. Trata-se de informação com características noticiosas que não corresponde à realidade, amplamente compartilhada como se assim fosse e/ou com o objetivo de atrair a atenção das pessoas, na medida em que provoca reações inflamadas e irrefletidas, em geral contra uma pessoa, uma instituição, um fato ou uma ideia. É uma ferramenta de desinformação.
Conjunto de ações que transformam dados em informações qualificadas e compreensíveis, para reduzir as incertezas e consolidar a reputação da instituição junto a seus diversos públicos – na Câmara dos Deputados, são deputados, servidores, colaboradores, outros órgãos públicos e sociedade.
Forma pela qual a instituição gerencia a si mesma e suas relações com a sociedade. Inclui mecanismos de liderança, estratégia e controle para definir, monitorar e avaliar ações, descrevendo formalmente as funções, as competências e as responsabilidades de agentes e setores envolvidos. Busca implantar soluções tempestivas e inovadoras para lidar com a limitação de recursos e com as mudanças de prioridades. Na comunicação da Câmara dos Deputados, abrange a formulação e o cumprimento de normativos, de forma a dar legitimidade, estabilidade e coerência a condutas e rotinas de trabalho.
Representação de como a instituição demonstra e comprova ser, por meio de características palpáveis (marca, comunicação visual, patrimônio, etc) e imateriais (história, cultura organizacional, missão, visão, valores, etc), que a tornam única e distinta das demais. Tem por objetivos criar uma imagem institucional e uma reputação favoráveis na mente de seus públicos de interesse.
Maneira como cada indivíduo percebe e reconhece a instituição, a partir das interações que tem com ela. Essa percepção é influenciada pela forma e pelo conteúdo das ações e da comunicação interna e externa da instituição; pode ser racional, mas também emocional e inconsciente.
Elemento explícito do conhecimento, trocado entre pessoas, para a tomada de uma decisão. Em comunicação pública, ela precisa ser útil, compreensível, precisa e oferecida no momento adequado, a fim de promover a participação, a cidadania ativa e o diálogo.
Também conhecida por participação cidadã, participação político-social ou, simplesmente, participação, é um processo político de interação que busca a expressão de diferentes opiniões, a interpretação e o diálogo, da forma mais abrangente possível, para debate, negociação e tomada de decisões sobre a vida pública do país. É fundamental para o engajamento dos cidadãos na democracia, a legitimação do poder dos governantes e para a eficácia e eficiência das políticas públicas.
Conjunto de ações ou de projetos com objetivos de comunicação específicos. Os programas podem incluir ações permanentes ou cíclicas.
Conjunto de ações com objetivos de comunicação específicos e duração definida.
Conjunto de organizações e instituições cívicas voluntárias, distintas do Estado e do Mercado, que associam, organizam e mobilizam forças sociais em torno de demandas e conflitos a serem resolvidos pelo sistema político.
Continuidade dos processos de desenvolvimento ambiental (conservação de recursos), econômico (prosperidade) e social (bem-estar e senso de pertencimento), ao longo do tempo.
Disponibilidade das informações sobre a atuação do órgão público para todos os cidadãos, de modo compreensível para eles.
Glossário de comunicação pública [livro eletrônico] / Jorge Duarte, Paulo Nassar, Lincoln Macário Maia, (org.). -- São Paulo: ABERJE : ABCPública, 2020. Disponível em: <https://abcpublica.org.br/wp-content/uploads/2020/12/Glossa%CC%81rio-de-Comunicac%CC%A7a%CC%83o-Pu%CC%81blica-Aberje.ABCPu%CC%81blicavf.pdf >. Acesso em: out. 2024.
SATHLER, André Rehbein. 150 termos para entender política [recurso eletrônico] / André Rehbein Sathler, Malena Rehbein Sathler. -- Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2020. Disponível em: <https://bd.camara.leg.br/bd/items/d48e292d-65a8-46b0-b8cf-6e04c3fb9c78 >. Acesso em: out.2024.